Conheça os tipos de tuning
Xtreme, Dub, Custom, Street... Descubra como diferenciar cada um desses estilos quando os vir nas ruas
A arte de personalizar os carros é coisa antiga e muitos aficionados mostram que o xodó por carros atravessa gerações. Essa febre mundial evoluiu e ganhou o nome de tuning (afinação ou ajuste fino, em inglês), uma cultura que vem roubando a cena em filmes, virando tema de livros e lançando tendência entre os jovens.
Mas se hoje o tuning é praticado por quem tem dinheiro para investir nisso, antigamente era bem diferente. “Nos primórdios da década de 50, os Rodders não tinham condição de comprar carros novos, saindo de fábrica os Mercury, Cadillac, de Sotos, caros demais para a maioria. A saída era customizar os antigos Fords de 30, criando-se aí a categoria dos hot rods, movimento embrionário que hoje culminou no tuning, como é conhecido atualmente", conta Marcelo Fernandes de Sousa, consultor técnico da San Diego Motorsports, especializado em carros antigos, Hot Rods e Muscle Cars. "Antes, bastava melhorar a parte mecânica e a performance dos carros, deixando a pintura sempre reluzente e os cromados em dia para ser ter um tunado”.
De lá para cá, o mercado se fortaleceu e o que se vê hoje nas oficinas de customização são modelos cada vez mais esportivos. "Essa necessidade se propagou, formou-se uma cultura e assim todos quiseram ter o que aparecia na TV, na internet, imitando o design dos esportivos, pondo spoiller, aerofólio ou o que viesse à cabeça, chegando ao ponto de surgirem algumas variações da categoria como os Dub, o Custom, o Street Rod, o Xtreme e o Som”, explica Daniel Simone, gerente Comercial da Personal Parts.
E nascem características de tuning com estilos diferentes em cada lugar. Nos Estados Unidos vê-se uma demonstração de que a customização pode chegar a extremos. “A agressividade e o arrojo estão nas rodas, sempre maiores, os cromados sempre exagerados e as cores da carroceria mais diversas definem como são as carangas gringas norte-americanas, parecidas com a dos japoneses”, conta Daniel Simone. Já o europeu se parece mais com o estilo brasileiro, que prioriza o meio termo na quantidade de acessórios e equipamentos utilizados em cada carro – seja na parte interna ou no exterior.Tipos e características
Tuning: carros personalizados interna e externamente, da lataria ao motor. A categoria abrange várias vertentes, cada uma designa uma característica diferente ao carro. O carro tunado tem visual agressivo, com linhas esportivas e som de alta potência.
Xtreme: carros muito modificados da série original. O motor, o som, as portas, todo o design inicial é repaginado, totalmente ou quase. O investimento é tão alto a ponto de não ser funcional sair rodando com um desses na rua.
Dub: estilo caracterizado por rodas grandes (aro 20" ou mais) e muito cromado. Os carros são pretos, a aparência exterior sofre pouca modificação e o som é de alta qualidade. Geralmente, são muito altos, tipo um SUV, ou muito baixos. Do Dub surge a categoria VipStyle, com visual mais agressivo, estrutura alargada e cores diferenciadas.
Custom: é uma geração vintage dos carros, misturando elementos que preservam a identidade antiga do carro, porém a tecnologia é totalmente nova. A parte mecânica é automatizada.
Street: o motor é forte, a suspensão é preparada, o som e rodas impecáveis, cada elemento garante a performance estilosa, digna de um carro de competição.
Hot Rod: carros antigos, principalmente das décadas de 1920, 1930 e 1940, modificados para receber rodas largas atrás, motores potentes (na maioria das vezes um V8) e pintura colorida, geralmente com flamas.
Som: engloba as novidades em alto-falantes e sub-woofer, com um potente sistema de som e entetenimento. Muitos carros que já contam com tecnologia multimídia entram nesta categoria.
Paulo Oliveira